O iodo desempenha um papel importante na função da tiroide e no nosso metabolismo, mas também é necessário para o crescimento físico (1). As pessoas necessitam de controlar o consumo de iodo porque tanto o consumo excessivo, como a falta deste nutriente, podem levar a problemas de saúde – atualmente devemos consumir cerca de 150 μg por dia e o limite para o consumo máximo é de 1100 μg por dia tanto para homens e mulheres (1). O iodo é geralmente obtido através da ingestão dos produtos lácteos ou animais marinhos (2). Consequentemente, numa alimentação de base vegetal, as pessoas têm de consumir algas frequentemente (3-4x por semana) ou utilizar o sal iodado na confeção dos alimentos (3). No entanto, as algas marinhas têm uma grande variação no seu conteúdo de iodo, que pode conter desde 16 a 8165 μg de iodo/g (2). Por exemplo, as algas kelp contém níveis excessivos deste mineral e pode pôr a nossa saúde em perigo se for consumida regularmente (2).
¼ de uma colher de chá de sal iodado contém aproximadamente 76 μg de iodo, o que é equivalente a 1.5g de sal. Se as pessoas não estiverem a ingerir algas ricas neste nutriente ou o sal iodado, recomenda-se a suplementação deste nutriente (3).
Darchite Kantelal
Nutricionista do G.D. Estoril Praia e Autor do livro “Bem Comer Melhor Jogar”
Nutricionista da Associação Vegetariana Portuguesa (AVP)
Membro da Ordem dos Nutricionistas nº2966N
Referências:
- Medicine I of. Dietary reference intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic, boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon, vanadium, and zinc. Washington, D.C.: National Academies Press; 2001.
- Mariotti F. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention. London: Academic Press; 2017.
- Rogerson D. Vegan diets: practical advice for athletes and exercisers. J Int Soc Sports Nutr. 2017 Dec 13;14(1):36.