fbpx

Desmistificar a soja

A soja é um alimento amplamente consumido. No entanto, há muitos mitos e desinformações em torno desse alimento versátil. Mas o que é realmente verdade sobre a soja? Neste artigo, vamos desmistificar alguns dos equívocos mais comuns sobre a soja e fornecer informações precisas e baseadas em evidências para ajudar-te a tomar decisões alimentares informadas.
Desmistificar a soja

Partilha este artigo:

A soja e os alimentos à base de soja são consumidos a nível global devido ao seu teor de proteína de alto valor biológico semelhante ao da carne(2), pela sua versatilidade na produção de análogos de carne e substitutos do leite e sendo ainda um ingrediente na composição de diversos alimentos com elevados consumos pelas populações. No entanto, existem ainda algumas dúvidas sobre os potenciais efeitos da soja na saúde, que iremos esclarecer neste artigo, de forma breve.

image 2

Mais de três quartos (77%) da soja global é usada na alimentação da pecuária. A maior parte do restante é usada para biocombustíveis, indústria ou óleos vegetais. Apenas 7% da soja é usada diretamente para alimentos humanos, como tofu, bebida de soja, feijão edamame e tempeh. Retirado de ourworldindata.org/soy. Fonte de dados: Food Climate Resource Network, Universidade de Oxford; e banco de dados USDA PSD

1. A ingestão de soja aumenta o risco de cancro e, em especial, do cancro da mama?

A soja e os alimentos à base de soja contêm, entre outros, compostos denominados de isoflavonas, que pertencem à classe dos fitoestrogénios –  os estrogénios das plantas – que possuem semelhanças estruturais e funcionais com os estrogénios endógenos dos humanos(3). É verdade que não se podem resumir os impactos do consumo de soja à presença destes compostos, mas são precisamente os efeitos destes que estão na base de algumas das maiores dúvidas sobre a ingestão da soja.

O estrogénio endógeno tem funções fisiológicas variadas no organismo, como potenciar o crescimento, regular o ciclo menstrual e a reprodução, controlar o metabolismo lipídico, modular a densidade mineral óssea, entre outros(4). Altos níveis de estrogénio e a exposição sustentada a estrogénio exógeno já mostrou ser prejudicial, aumentando o risco para o desenvolvimento de vários tipos de cancro(5, 6). De notar que os estrogénios provenientes da soja são muito pouco estrogénicos, ou seja, têm pouca função semelhante aos estrogénios endógenos quando comparados com estes(3), podendo inclusivamente ter um efeito anti-estrogénico (por bloquear os efeitos dos estrogénios endógenos), uma vez que interagem com os recetores celulares de estrogénios endógenos, impedindo que estes se liguem aos seus recetores e fazendo com que tenham a sua ação minimizada(7). Para além disto, as isoflavonas também possuem outras propriedades biológicas como atividade anti-inflamatória e anti-oxidante(7, 8) e intervêm na modelação dos processos do ciclo celular, com um efeito anticancerígeno(9, 10, 11, 12).

É essencialmente devido ao conjunto das ações descritas anteriormente, que o consumo de soja em especial desde uma idade precoce(13), confere benefícios na proteção contra vários cancros, incluindo os cancros ligados às hormonas (como o cancro da mama e do endométrio)(14, 15)
Estima-se ainda que se retire maior proveito deste efeito protetor do consumo de soja, pelo consumo de baixas doses, mas com uma frequência relativamente elevada ao longo do dia(16).

Tal como outros mitos em saúde, o mito de que o consumo de soja poderá causar cancro, terá vindo de estudos realizados in vitro e em modelos animais(17, 18, 19, 20)

image from rawpixel id 61936 jpeg scaled e1682598884884

2. A ingestão de soja interfere com as hormonas em humanos e pode causar infertilidade?

No que toca à saúde reprodutiva de homens existem, tanto quanto foi possível averiguar, apenas 2 estudos de caso publicados que descrevem “efeitos feminizantes” como disfunção eréctil, aumento dos níveis de estrogénio, ginecomastia(21), perda de libido(21, 22) e baixos níveis de testosterona(22) associados ao consumo excessivo de 360 mg, por dia, de isoflavonas(21, 22). De notar que estão reportados na literatura científica que, na Europa, os consumos de isoflavonas a partir de soja e produtos à base de soja variam entre 0,37 – 4,5 mg por dia, sendo que estes consumos conseguem ser maiores em indivíduos vegetarianos ou consumidores regulares de soja e produtos à base de soja, sendo de 3,2 – 30 mg de isoflavonas por dia(23).

Como podemos compreender, estes valores não se aproximam, de todo, dos valores excessivos que foram capazes de produzir “efeitos feminizantes” em homens, nos dois estudos mencionados (30 mg/dia vs. 360mg/dia de isoflavonas). 

Em contraste, várias revisões de estudos clínicos não mostram quaisquer efeitos do consumo de soja ou isoflavonas nos níveis de testosterona ou estrogénio em homens, mesmo em populações com grandes consumos destes produtos, como as populações japonesas. Menos estudos, mas ainda assim com informação bastante consistente, mostram que o consumo de soja e isoflavonas não tem influência nos parâmetros relacionados com o esperma ou com o desenvolvimento de ginecomastia(24)

A meta-análise mais recente disponível, que reúne toda a evidência científica acerca deste assunto, confirma a segurança do consumo de soja nos resultados de fertilidade em homens(25).

Relativamente à saúde reprodutiva de mulheres, focaremos os resultados descritos em 2 artigos de revisão sobre o tema(24, 26). Neste caso, são mais os fatores relacionados com a fertilidade (aqui considerada como a capacidade de gerar o nascimento de descendência) nas mulheres, sendo eles: o estado hormonal, a presença, ausência e a duração do ciclo menstrual (CM), ocorrência de ovulação, fecundidade, ocorrência de gravidez, partos de nados-vivos, partos pré-termo e abortos. 

As revisões de literatura científica indicam que o consumo de soja e isoflavonas da soja não interferem com os níveis circulatórios de hormonas relacionadas com a reprodução em mulheres, mas os seus efeitos nas hormonas folículo-estimulante e luteinizante são menos claros(24)

O impacto deste consumo na duração do CM não tem sido ativamente alvo de estudo nos últimos anos, sendo que a informação disponível indica que esse consumo pode provocar o aumento da duração do CM marginalmente ou em até 1 dia, sem que a ovulação seja prevenida(24, 26). Por outro lado, não é expectável que este aumento na duração do CM afete a fecundidade(24)

Quanto aos efeitos da exposição precoce ao consumo de soja e produtos à base de soja, nomeadamente durante a primeira infância e a puberdade, as informações disponíveis são muito limitadas e as associações são pouco claras, sendo necessários mais estudos que esclareçam estes efeitos na fertilidade em idade reprodutiva(24, 26)

De uma forma geral, o consumo de soja e produtos à base de soja parece ter uma influência negligenciável no estado hormonal, duração do CM e resultados de fertilidade em mulheres saudáveis, no entanto, é necessária a obtenção de mais evidência sobre os efeitos desse consumo noutros fatores relacionados com a fertilidade, durante a infância e puberdade e em casos de condições específicas como é o caso do síndrome do ovário poliquístico(24, 26)

medium shot couple spending time nature

3. A soja tem um “efeito feminizante” em indivíduos do sexo masculino?

Tal como mencionado na resposta ao 2º ponto, este mito foi criado com base nos efeitos reportados nos estudos de caso de homens com consumos de isoflavonas da soja em quantidades excessivas (360mg de isoflavonas por dia) mantendo este padrão de consumo por longos períodos (num dos casos há pelo menos 6 meses e no outro caso há pelo menos 1 ano)(21, 22)

Para melhor compreensão das quantidades excessivas de isoflavonas capazes de causar os referidos efeitos, estima-se que essas quantidades sejam atingíveis, por exemplo, pelo consumo de pelo menos 1,03 kg de tofu, por dia, ou de 3,35 L de bebida de soja, em igual período(23).

Resultados semelhantes obtidos em alguns estudos com modelos animais também terão contribuído para a disseminação e perpetuação desta dúvida(27, 28, 29).

4. Toda a soja é transgénica e isso faz com que não seja segura para a saúde?

A soja transgénica é soja que foi produzida a partir de grãos modificados geneticamente, o que fornece a esta soja características novas, diferentes das da soja geneticamente não modificada. Esta modificação genética confere à soja, sobretudo, resistência a pragas de insetos nocivos e maior tolerância a herbicidas específicos.

Na União Europeia, a maioria dos alimentos que contêm soja não é geneticamente modificada. No entanto, a legislação da UE exige que os produtos que contenham Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) sejam rotulados como tal (a menos que a presença de OGMs seja inferior a 0,9%, seja acidental ou tecnicamente inevitável. Conforme regulamentação, o rótulo deve conter a declaração “Este produto contém organismos geneticamente modificados” ou “Este produto contém [nome do(s) organismo(s)] geneticamente modificados”. É raro encontrar essa indicação em alimentos em Portugal.

Para que um produto ou organismo geneticamente modificado (OGM) possa ser colocado no mercado na União Europeia (UE), é previamente submetido a um sistema de aprovação abrangente e rigoroso através do qual a segurança das pessoas, dos animais e do ambiente é avaliada exaustivamente e que inclui, entre outros procedimentos, uma avaliação científica pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos(30), atestando estes produtos como seguros ou não, para consumo. 

Desde o início do cultivo de plantas geneticamente modificadas, a nível mundial, a cultura que apresenta anualmente maior área cultivada é a soja(31). Em 2022, a Comissão Europeia, após pareceres favoráveis sobre a segurança do consumo da soja transgénica, autorizou que “produtos que contenham, sejam constituídos por, ou sejam produzidos a partir de soja geneticamente modificada” pudessem ser comercializados na UE e utilizados para a alimentação humana(32). No entanto, o cultivo de soja geneticamente modificada ainda não é permitido aos Estados-Membros. 

Por outro lado, sabendo-se que a soja transgénica tem mais tolerância a herbicidas, é natural que nesta soja possa existir uma maior concentração de resíduos destes produtos. Contudo, desconhece-se os impactos na saúde humana, a longo prazo, e são necessários ainda mais estudos, à semelhança do que se verifica para outras formas de agricultura. 

soybean seeds wooden floor hemp sacks food nutrition concept

5. A soja pode ser consumida todos os dias?

A evidência científica disponível indica que dietas ricas em soja e produtos à base de soja podem conferir benefícios para  a saúde cardiovascular(33, 34, 35, 36), na redução da pressão arterial(37, 38, 39, 40), da glicemia(41, 42) e dos níveis de colesterol(43, 44) e também podem conferir alguns benefícios na melhoria da fertilidade em mulheres submetidas a tratamentos de reprodução assistida(45), na redução dos sintomas da menopausa(46, 47, 48) e pode ainda conferir proteção contra certos tipos de cancro(14, 15, 34).

No entanto, estes efeitos protetores ocorrem a partir de certos níveis de consumos diários de isoflavonas, no intervalo de 50 – 100 mg. Para se conseguir atingir este nível de consumo de isoflavonas da soja tem de se consumir, por exemplo, pelo menos 29g de soja texturizada fina ou 33g de soja texturizada grossa, de 466mL (~2 chávenas almoçadeiras) de bebida de soja ou de 144g de tofu por dia(23, 49)

6. Os produtos à base de soja são muito processados?

O processamento alimentar engloba várias técnicas e mecanismos de processamento e é um conceito bastante amplo, aparecendo definido como: qualquer alteração intencional realizada a um alimento em natureza(50); série de operações realizadas na matéria prima animal ou vegetal de modo a transformá-la em produtos alimentares intermédios ou edíveis(51, 52); alteração do estado natural dos alimentos de modo a aumentar a sua segurança e conveniência, prolongar o seu tempo de vida útil e melhorar a sua palatabilidade(53, 54)

De facto, atualmente, a grande maioria dos alimentos é processado de alguma forma(50, 55). Os produtos à base de soja podem ser mais ou menos processados. Alguns passam por métodos de processamento mínimo, como a coagulação ou a fermentação (como o caso do tofu e do molho de soja), outros passam por um maior número de técnicas mais complexas, como é necessário para a obtenção de proteína de soja texturizada, por exemplo (primeiro extrai-se o óleo de soja a partir do qual se gera o farelo de soja branco moído, que é transformado numa pasta, sendo que a partir desta se obtém posteriormente a proteína de soja texturizada, recorrendo ao mecanismo de extrusão). 

As bebidas e iogurtes de soja, o tofu e o tempeh são produtos não excessivamente processados, e é de notar que deve sempre optar-se por alimentos como estes ou com o menor grau de processamento industrial possível. 

Para concluir, a soja é uma leguminosa nutricionalmente rica e segura para o consumo humano, em doses controladas, mesmo diariamente, podendo inclusivamente produzir efeitos benéficos e ser parte integrante de uma alimentação saudável – completa, equilibrada e variada. 

No geral, com exceção dos indivíduos que são alérgicos, há pouca evidência de que o consumo de soja e alimentos à base de soja seja contraindicado. No entanto, são necessários mais estudos que esclareçam melhor as interações do consumo de dietas ricas em soja e do consumo continuado de soja geneticamente modificada a longo prazo, e os vários outcomes de saúde. De salientar ainda que, mesmo para quem segue um padrão alimentar vegetariano, o consumo de soja não é obrigatório.

soy milk soy food beverage products food nutrition concept 3

Artigo da autoria de Cátia Pinheiro, licenciada em Ciências da Nutrição e aluna de doutoramento em metabolismo (FMUP). [ver mais]

Referências:

1. Ritchie H, Roser M. Soy: Our World in Data;  [Available from: https://ourworldindata.org/soy.

2. EFSA Panel on Dietetic Products N, Allergies. Scientific Opinion on Dietary Reference Values for protein. 2012;10(2):2557.

3. Setchell KD. Phytoestrogens: the biochemistry, physiology, and implications for human health of soy isoflavones. The American Journal of Clinical Nutrition. 1998;68(6):1333S-46S.

4. Naftolin F, Malaspina D. Estrogen, estrogen treatment and the post-reproductive woman’s brain. Maturitas. 2007;57(1):23-6.

5. Liang J, Shang Y. Estrogen and cancer. Annu Rev Physiol. 2013;75:225-40.

6. National Cancer Institute. Cancer Causes and Prevention: Risk Factors: Hormones 2015 [Available from: https://www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/risk/hormones.

7. Křížová L, Dadáková K, Kašparovská J, Kašparovský T. Isoflavones. Molecules. 2019;24(6).

8. Yu J, Bi X, Yu B, Chen D. Isoflavones: Anti-Inflammatory Benefit and Possible Caveats. Nutrients. 2016;8(6).

9. Vitale SG, Laganà AS, Nigro A, La Rosa VL, Rossetti P, Rapisarda AM, et al. Peroxisome Proliferator-Activated Receptor Modulation during Metabolic Diseases and Cancers: Master and Minions. PPAR Res. 2016;2016:6517313.

10. Zhou JR, Gugger ET, Tanaka T, Guo Y, Blackburn GL, Clinton SK. Soybean phytochemicals inhibit the growth of transplantable human prostate carcinoma and tumor angiogenesis in mice. J Nutr. 1999;129(9):1628-35.

11. Messina M, Kucuk O, Lampe JW. An overview of the health effects of isoflavones with an emphasis on prostate cancer risk and prostate-specific antigen levels. J AOAC Int. 2006;89(4):1121-34.

12. Banerjee S, Li Y, Wang Z, Sarkar FH. Multi-targeted therapy of cancer by genistein. Cancer Lett. 2008;269(2):226-42.

13. Hilakivi-Clarke L, Andrade JE, Helferich W. Is soy consumption good or bad for the breast? J Nutr. 2010;140(12):2326s-34s.

14. Hamilton-Reeves JM, Banerjee S, Banerjee SK, Holzbeierlein JM, Thrasher JB, Kambhampati S, et al. Short-term soy isoflavone intervention in patients with localized prostate cancer: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. PLoS One. 2013;8(7):e68331.

15. Nagata C, Mizoue T, Tanaka K, Tsuji I, Tamakoshi A, Matsuo K, et al. Soy intake and breast cancer risk: an evaluation based on a systematic review of epidemiologic evidence among the Japanese population. Jpn J Clin Oncol. 2014;44(3):282-95.

16. Barnes S. The biochemistry, chemistry and physiology of the isoflavones in soybeans and their food products. Lymphat Res Biol. 2010;8(1):89-98.

17. Du M, Yang X, Hartman JA, Cooke PS, Doerge DR, Ju YH, et al. Low-dose dietary genistein negates the therapeutic effect of tamoxifen in athymic nude mice. Carcinogenesis. 2012;33(4):895-901.

18. Carreau C, Flouriot G, Bennetau-Pelissero C, Potier M. Respective contribution exerted by AF-1 and AF-2 transactivation functions in estrogen receptor alpha induced transcriptional activity by isoflavones and equol: consequence on breast cancer cell proliferation. Mol Nutr Food Res. 2009;53(5):652-8.

19. Program NT. Toxicology and carcinogenesis studies of genistein (Cas No. 446-72-0) in Sprague-Dawley rats (feed study). Natl Toxicol Program Tech Rep Ser. 2008(545):1-240.

20. Allred CD, Allred KF, Ju YH, Virant SM, Helferich WG. Soy diets containing varying amounts of genistein stimulate growth of estrogen-dependent (MCF-7) tumors in a dose-dependent manner. Cancer Res. 2001;61(13):5045-50.

21. Martinez J, Lewi JE. An unusual case of gynecomastia associated with soy product consumption. Endocr Pract. 2008;14(4):415-8.

22. Siepmann T, Roofeh J, Kiefer FW, Edelson DG. Hypogonadism and erectile dysfunction associated with soy product consumption. Nutrition. 2011;27(7-8):859-62.

23. Rizzo G, Baroni L. Soy, Soy Foods and Their Role in Vegetarian Diets. Nutrients. 2018;10(1).

24. Messina M, Duncan A, Messina V, Lynch H, Kiel J, Erdman JW, Jr. The health effects of soy: A reference guide for health professionals. Front Nutr. 2022;9:970364.

25. Reed KE, Camargo J, Hamilton-Reeves J, Kurzer M, Messina M. Neither soy nor isoflavone intake affects male reproductive hormones: An expanded and updated meta-analysis of clinical studies. Reprod Toxicol. 2021;100:60-7.

26. Rizzo G, Feraco A, Storz MA, Lombardo M. The role of soy and soy isoflavones on women’s fertility and related outcomes: an update. J Nutr Sci. 2022;11:e17.

27. Sirtori CR, Even R, Lovati MR. Soybean protein diet and plasma cholesterol: from therapy to molecular mechanisms. Ann N Y Acad Sci. 1993;676:188-201.

28. Brown L, Rosner B, Willett WW, Sacks FM. Cholesterol-lowering effects of dietary fiber: a meta-analysis. Am J Clin Nutr. 1999;69(1):30-42.

29. Sacks FM, Lichtenstein A, Van Horn L, Harris W, Kris-Etherton P, Winston M. Soy protein, isoflavones, and cardiovascular health: an American Heart Association Science Advisory for professionals from the Nutrition Committee. Circulation. 2006;113(7):1034-44.

30. European Comission. Perguntas e respostas sobre a regulamentação comunitária em matéria de OGM 2004 [Available from: https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/pt/MEMO_04_102.

31. International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA). ISAAA Brief 55-2019: Executive Summary

Biotech Crops Drive Socio-Economic Development and Sustainable Environment in the New Frontier 2019 [Available from: https://www.isaaa.org/resources/publications/briefs/55/executivesummary/default.asp.

32. Parlamento Europeu. PROPOSTA DE RESOLUÇÃO sobre o projeto de decisão de execução da Comissão que autoriza a colocação no mercado de produtos que contenham, sejam constituídos por, ou sejam produzidos a partir de soja geneticamente modificada MON 87769 × MON 89788, nos termos do Regulamento (CE) n.º 1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho 2022 [Available from: https://www.europarl.europa.eu/doceo/document/B-9-2022-0178_PT.html.

33. Yan Z, Zhang X, Li C, Jiao S, Dong W. Association between consumption of soy and risk of cardiovascular disease: A meta-analysis of observational studies. Eur J Prev Cardiol. 2017;24(7):735-47.

34. Nachvak SM, Moradi S, Anjom-Shoae J, Rahmani J, Nasiri M, Maleki V, et al. Soy, Soy Isoflavones, and Protein Intake in Relation to Mortality from All Causes, Cancers, and Cardiovascular Diseases: A Systematic Review and Dose-Response Meta-Analysis of Prospective Cohort Studies. J Acad Nutr Diet. 2019;119(9):1483-500.e17.

35. Bouchenak M, Lamri-Senhadji M. Nutritional quality of legumes, and their role in cardiometabolic risk prevention: a review. J Med Food. 2013;16(3):185-98.

36. Beavers DP, Beavers KM, Miller M, Stamey J, Messina MJ. Exposure to isoflavone-containing soy products and endothelial function: a Bayesian meta-analysis of randomized controlled trials. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2012;22(3):182-91.

37. Taku K, Lin N, Cai D, Hu J, Zhao X, Zhang Y, et al. Effects of soy isoflavone extract supplements on blood pressure in adult humans: systematic review and meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. J Hypertens. 2010;28(10):1971-82.

38. Ramdath DD, Padhi EM, Sarfaraz S, Renwick S, Duncan AM. Beyond the Cholesterol-Lowering Effect of Soy Protein: A Review of the Effects of Dietary Soy and Its Constituents on Risk Factors for Cardiovascular Disease. Nutrients. 2017;9(4).

39. Liu XX, Li SH, Chen JZ, Sun K, Wang XJ, Wang XG, et al. Effect of soy isoflavones on blood pressure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Nutr Metab Cardiovasc Dis. 2012;22(6):463-70.

40. Acharjee S, Zhou JR, Elajami TK, Welty FK. Effect of soy nuts and equol status on blood pressure, lipids and inflammation in postmenopausal women stratified by metabolic syndrome status. Metabolism. 2015;64(2):236-43.

41. Zhang XM, Zhang YB, Chi MH. Soy Protein Supplementation Reduces Clinical Indices in Type 2 Diabetes and Metabolic Syndrome. Yonsei Med J. 2016;57(3):681-9.

42. Fang K, Dong H, Wang D, Gong J, Huang W, Lu F. Soy isoflavones and glucose metabolism in menopausal women: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Mol Nutr Food Res. 2016;60(7):1602-14.

43. Blanco Mejia S, Messina M, Li SS, Viguiliouk E, Chiavaroli L, Khan TA, et al. A Meta-Analysis of 46 Studies Identified by the FDA Demonstrates that Soy Protein Decreases Circulating LDL and Total Cholesterol Concentrations in Adults. J Nutr. 2019;149(6):968-81.

44. Tokede OA, Onabanjo TA, Yansane A, Gaziano JM, Djoussé L. Soya products and serum lipids: a meta-analysis of randomised controlled trials. Br J Nutr. 2015;114(6):831-43.

45. Vanegas JC, Afeiche MC, Gaskins AJ, Mínguez-Alarcón L, Williams PL, Wright DL, et al. Soy food intake and treatment outcomes of women undergoing assisted reproductive technology. Fertil Steril. 2015;103(3):749-55.e2.

46. Taku K, Melby MK, Kronenberg F, Kurzer MS, Messina M. Extracted or synthesized soybean isoflavones reduce menopausal hot flash frequency and severity: systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Menopause. 2012;19(7):776-90.

47. Ghazanfarpour M, Sadeghi R, Roudsari RL. The application of soy isoflavones for subjective symptoms and objective signs of vaginal atrophy in menopause: A systematic review of randomised controlled trials. J Obstet Gynaecol. 2016;36(2):160-71.

48. Ahsan M, Mallick AK. The Effect of Soy Isoflavones on the Menopause Rating Scale Scoring in Perimenopausal and Postmenopausal Women: A Pilot Study. J Clin Diagn Res. 2017;11(9):Fc13-fc6.

49. Messina M. Insights Gained from 20 Years of Soy Research1,2. The Journal of Nutrition. 2010;140(12):2289S-95S.

50. Monteiro CA, Cannon G, Moubarac JC, Levy RB, Louzada MLC, Jaime PC. The UN Decade of Nutrition, the NOVA food classification and the trouble with ultra-processing. Public Health Nutr. 2018;21(1):5-17.

51. Crittenden AN, Schnorr SL. Current views on hunter-gatherer nutrition and the evolution of the human diet. Am J Phys Anthropol. 2017;162 Suppl 63:84-109.

52. John M. Connor WAS. Food Processing: An Industrial Powerhouse in Transition, 2nd Edition. Sons JWa, editor1997.

53. Nasreddine L, Tamim H, Itani L, Nasrallah MP, Isma’eel H, Nakhoul NF, et al. A minimally processed dietary pattern is associated with lower odds of metabolic syndrome among Lebanese adults. Public Health Nutr. 2018;21(1):160-71.

54. Adams J, White M. Characterisation of UK diets according to degree of food processing and associations with socio-demographics and obesity: cross-sectional analysis of UK National Diet and Nutrition Survey (2008-12). Int J Behav Nutr Phys Act. 2015;12:160.

55. FAO. Guidelines on the collection of information on food processing through food

consumption surveys. FAO Rome, editor2015.

Este artigo foi útil?

Considera fazer
um donativo

A AVP é uma organização sem fins lucrativos. Com um donativo, estarás a ajudar-nos a a criar mais conteúdos como este e a desenvolver o nosso trabalho em prol dos animais, da sustentabilidade e da saúde humana.

Considera
tornar-te sócio

Ao tornares-te sócio da AVP, estás a apoiar a nossa missão de criar um mundo melhor para todos enquanto usufruis de inúmeros benefícios!

Queres receber todas as novidades?

Subscreve a newsletter AVP

Mais artigos em

Mais artigos em

Mais lidos

Subscreve

a Newsletter

Não percas um grão do que se passa!