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7 Razões que Motivam as Pessoas Vegetarianas a Tornarem-se Vegan

Descobre 7 razões excelentes para ires um pouco mais além e adoptares um estilo de vida vegan, se já és vegetariano.

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Pensa num dos alimentos mais básicos que ingeres todos os dias. Agora, imagina que descobrias a existência de um grupo de pessoas que jamais terá comido esse produto específico. Provavelmente ficarias um pouco confuso/a, talvez um pouco curioso/a e até ofendido/a. Quando abordadas acerca da adopção de uma alimentação estritamente vegetariana (vegan), as pessoas que consomem produtos de origem animal têm uma reacção semelhante.

Os produtos de origem animal estão tão enraizados na dieta ocidental, que para algumas pessoas pode parecer estranhíssimo que haja outras que optem por dispensar alimentos vulgarmente escolhidos para o pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar. 

Para tornar as coisas ainda mais complexas, existem cada vez mais subcategorias na dita dieta ocidental. Há pessoas que adoptam regimes alimentares flexitarianos, pescetarianos, ovolactovegetarianos (comumente designados de vegetarianos) e estritamente vegetarianos (mais vulgarmente designado de veganos), mas qual é a diferença e porque é que as pessoas escolhem diferentes hábitos alimentares e estilos de vida?

Uma das questões prevalecentes está relacionada com ser-se vegan versus ovolactovegetariano (ou, como é conhecido, simplesmente vegetariano). Nenhum destes regimes alimentares inclui carne, por isso, qual é a diferença? As pessoas que seguem uma alimentação tipicamente conhecida como vegetariana abstêm-se de consumir toda a carne, o que inclui frango e peixe. Mas a dieta pode incluir ovos, leite, queijo, manteiga, iogurte e/ou, até, mel. Em nomenclatura completa, este regime alimentar designa-se de ovolactovegetariano, associando-se a variantes como lactovegetariano (que incluí as pessoas que apenas consomem produtos lácteos mas não ovos) e ovovegetariano (que abrange aqueles que consomem ovos, mas não lacticínios). 

As pessoas que seguem uma alimentação estritamente vegetariana, por outro lado, não consomem quaisquer produtos de origem animal. Ou seja, além da carne, excluem todos os produtos lácteos e ovoprodutos. Assim, ainda que nenhum animal tenha perecido para fabricar um determinado produto, se este provier de uma qualquer parte de um animal, o produto não é considerado vegano. O termo vegan ultrapassa o tipo de alimentação, estando associado a um estilo de vida: vê aqui para saberes mais.

Devido à ‘radicalidade’ de uma alimentação estritamente vegetariana (vulgo vegana), quando comparada com a norma, muitas pessoas parecem tornar-se vegetarianas antes de adoptarem uma dieta estritamente vegetariana.

Mas porque acabam algumas por tornar a sua alimentação estritamente vegetariana? O que as faz renunciar a consumir quaisquer produtos de origem animal, se nenhum animal é abatido?

Existem inúmeras razões, sendo que cada pessoa tem as suas próprias motivações. Aqui ficam sete motivos predominantes para os vegetarianos se tornarem veganos.

7 Razões que Motivam as Pessoas Vegetarianas a Tornarem-se Vegan

1.As vacas da indústria de lacticínios continuam a ser enviadas para abate

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Na indústria dos lacticínios, tanto os machos como as fêmeas de bovinos são enviados para abate muito antes do fim da sua vida natural. Só no Reino Unido, anualmente, são mortos quase imediatamente após nascerem 60 000 vitelos machos nascidos de vacas leiteiras, uma vez que é dispendioso criar um bovino sem utilidade para a produção de leite. Nos Estados Unidos, centenas de milhares de bovinos são vendidos para a indústria da carne de vitela, sendo igualmente mortos em muito tenra idade. Além disso, geralmente, as vacas leiteiras são enviadas para abate por volta dos cinco anos de idade, ou seja, quando já são consideradas “gastas” por deixarem de conseguir produzir leite a um ritmo financeiramente rentável. No seu ambiente natural, a esperança média de vida de uma vaca é de cerca de 25 anos.

Muitos vegetarianos (nomeadamente, ovolactovegetarianos e lactovegetarianos) ficam chocados quando se apercebem de que o seu aparentemente inofensivo gelado é um subproduto da indústria do abate. A boa notícia é que há uma forma de alinhares os teus prazeres simples com os teus princípios éticos. Tanto as marcas veganas, como as marcas de lacticínios, estão a começar a produzir e a disponibilizar, também em Portugal, gelados estritamente vegetarianos, como alguns de marca Pingo Doce, Olá (exemplo são certas variantes do Cornetto, Magnum, Solero, entre outros), Häagen-Dazs e Naturattiva. Existindo, assim, uma opção de base vegetal adaptada para muitas delícias geladas. 

2. Mais de metade da população mundial é intolerante à lactose

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De acordo com o website Genetics Home Reference, um recurso subsidiário da Biblioteca Nacional de Medicina norte-americana, aproximadamente 65% da população humana adulta mundial é intolerante à lactose, o que significa que estas pessoas têm dificuldades em digerir a lactose existente em todos os produtos lácteos. As pessoas que são intolerantes à lactose têm níveis reduzidos da enzima lactase, cuja finalidade é quebrar/processar a lactose. Podem experimentar-se sintomas de intolerância à lactose em vários graus, desde inchaços ocasionais a dores abdominais incapacitantes. 

No entanto, ao cortar os produtos lácteos da sua dieta alimentar, muitas pessoas reportam sentir alívio em relação aos seus desconfortos gastrointestinais diários.

Com todos os incríveis leites, queijos, manteigas e gelados de base vegetal no mercado, podemos continuar a desfrutar dos alimentos de que gostamos, sem termos de nos preocupar com as consequências ‘meia hora depois’. Podes encontrar leites, iogurtes, e manteigas vegetais em qualquer supermercado e, quanto a queijo, tens alternativas como o Nature&Moi e Violife.

3. “Galinhas criadas ao ar livre” não significa galinhas livres das gaiolas

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Muitos consumidores escolhem ovos de galinhas criadas “no solo” ou ao “ar livre”, assumindo que as galinhas vivem com melhores condições, ou que passam a maior parte do tempo ao ar livre, adoptando comportamentos naturais e vivendo uma vida, em geral, feliz. No entanto, as definições de “ar livre” são extremamente vagas, permitindo aos produtores de ovos fugir deste conceito e poupar custos. Ou seja, apesar de terem o certificado de produção por galinhas criadas “ao ar livre”, na realidade estes animais poderão passar apenas alguns minutos por dia ao ar livre, podendo continuar confinados em armazéns e gaiolas superlotados o resto do dia. 

As pessoas que se preocupam com o bem-estar dos animais podem desejar reconsiderar a sua escolha de comprar ovos biológicos ou de “galinhas criadas ao ar-livre” e substituir por alternativas estritamente vegetarianas, tais como os “ovos vegan” da Daflori (os sócios da AVP usufruem de 10% de desconto nos produtos da marca), o substituto de ovo vegano V’Eggs (disponível na Loja Vegetariana, que oferece 5% de desconto aos sócios AVP). O tofu é também uma excelente alternativa para fazer um delicioso “tofu-mexido”, exemplo disso é esta receita de tofu mexido com espargos!

4. A indústria dos ovos não quer saber dos pintainhos machos

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Na indústria dos ovos, os pintainhos machos são tratados como um subproduto, uma vez que somente as galinhas são biologicamente capazes de pôr ovos. Todos os anos, nascem mais de 300 milhões de pintainhos machos da indústria dos ovos dos Estados Unidos, sendo que todos eles são rotineiramente abatidos. O abate é a prática mais comum de eliminação de pintos machos, em que os lotes de pintos vivos são colocados numa máquina de moer. Assim, não é de estranhar que as pessoas que escolhem um regime alimentar associado ao vegetarianismo (nomeadamente, ovolactovegetarianismo ou ovovegetarianismo) por motivos éticos, mudem para uma alimentação estritamente vegetariana, eliminando os ovos, quando tomam consciência deste facto, ou seja, de que indústria dos ovos ainda contribui para o abate massivo de animais.

5. Os ovos e os lacticínios são ricos em colesterol

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De acordo com guias dietéticos antigos, as pessoas deviam limitar o consumo de colesterol a 300 miligramas por dia. No entanto, basta comer dois ovos para que este limite seja excedido. Se adicionarmos queijo à equação, esta quantidade dispara bem além do limite da dose diária recomendada (uma chávena de queijo cheddar tem 131 mg de colesterol). Níveis altos de colesterol podem contribuir para doenças coronárias e AVC (acidente vascular cerebral), duas das principais causas de morte a nível mundial (Portugal incluído). 

É possível que os vegetarianos que comem ovos (ovolactovegetarianos ou ovovegetarianos), sigam uma alimentação com muitos ovos e, eventualmente, queijo para substituir a carne e o peixe, colocando-se num grave risco de saúde, apesar das suas refeições sem carne. Para diminuir e manter um nível saudável de colesterol, os vegetarianos, que consomem estes produtos, podem facilmente implementar trocas por substitutos de ovos estritamente vegetarianos, como por exemplo tofu mexido ou diversas alternativas de base vegetal prontas a serem confeccionadas enquanto substitutos de ovo, conforme se referiu acima.

6. A indústria dos lacticínios tem um grande impacto nas alterações climáticas

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De acordo com o World Wildlife Fund [Fundo Mundial para a Natureza], existem 270 milhões de vacas leiteiras no mundo. Os seus excrementos e arrotos provocam a emissão de gases com efeito de estufa, o que aumenta o ritmo das mudanças climáticas. De facto, o estrume de 2 500 vacas leiteiras equivale ao desperdício provocado por 411 000 pessoas, segundo uma investigação divulgada no documentário “Cowspiracy”. Além disso, a combinação das indústrias da carne e dos lacticínios absorvem um terço da água doce do mundo. Em vez de duches mais curtos, os ovolactovegetarianos podem reduzir drasticamente a sua pegada de carbono se mudarem para uma alimentação estritamente vegetariana, não contribuindo para as práticas poluentes da indústria dos lacticínios. 

7. As indústrias dos ovos e dos lacticínios perturbam os habitats naturais e a vida selvagem

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De modo a preservar o solo necessário para a criação de gado, bem como para proteger esse gado dos predadores, são mortos milhões de animais selvagens. Na última década, milhões de animais, incluindo ursos, coiotes, raposas, cães da pradaria, lobos e outras espécies, foram exterminados para criar espaço para animais criados para alimentação, nomeadamente, vacas leiteiras e galinhas poedeiras. 

A indústria agropecuária não afecta apenas os animais sob os cuidados directos dos agricultores, mas todo o ecossistema circundante.

Os vegetarianos, que consomem derivados de animais (nomeadamente, os ovolactovegetarianos), e que mudam para uma alimentação estritamente vegetariana, estarão a contribuir para que milhões de animais sejam salvos de abate e de uma vida de sofrimento. Estarão também a contribuir para a redução dos gases de efeito estufa e a ajudar a adiar a obliteração de espécies de animais selvagens, em perigo de extinção. Para isto, a fórmula é muito simples: substituindo as típicas compras de leite, queijo, e ovos por deliciosas alternativas de base vegetal.

Artigo adaptado do original: Livekindly.co

Artigo melhorado por Ana Luísa Pereira

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