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“…Aqueles que afirmam preocupar-se com o bem-estar dos seres humanos e com a preservação do ambiente deveriam tornar-se vegetarianos por essa mesma razão. Assim, contribuiriam para o aumento da quantidade de cereal disponível para alimentar as pessoas necessitadas, para a redução da poluição, para a poupança de água e energia e deixariam de contribuir para a desflorestação.
…Quando os não vegetarianos dizem que “os problemas humanos vêm em primeiro lugar”, não posso deixar de me interrogar sobre o que estarão eles exactamente a fazer pelos seres humanos que os obrigue a prosseguir a exploração supérflua e cruel dos animais de criação.”
Peter Singer, Libertação Animal (2.º edição portuguesa, 2008)

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As seguintes conclusões foram compiladas a partir do sumário executivo do Livestock’s Long Shadow: Environmental Issues and Options (A Longa Sombra da Pecuária: Problemas Ambientais e Opções)1, um relatório de 2006 publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura:

Alterações Climáticas: Com o aumento das temperaturas, subida do nível das águas do mar, derretimento dos glaciares e das calotas polares, mudanças das correntes oceânicas e dos padrões meteorológicos, as alterações climáticas são o desafio mais sério que a raça humana tem de enfrentar. O sector da pecuária é um dos actores principais, sendo responsável por 18% das emissões de gases de efeito de estufa medidos em equivalência em CO2… A pecuária é também responsável por quase dois terços (64%) das emissões de amónia antropogénicas, que contribuem significativamente para as chuvas ácidas e para a acidificação dos ecossistemas.
[Ver também A Truly Inconvenient Truth (Uma Verdade Verdadeiramente Inconveniente)]

Água: O sector da pecuária é um actor chave no aumento da utilização de água, representando mais de 8% da utilização global de água, maioritariamente para a rega de campos de produtos agrícolas destinados à alimentação animal. É provavelmente a maior fonte sectorial de poluição aquática, contribuindo para a eutrofização, de zonas “mortas” em áreas costeiras, de degradação de recifes de corais, de problemas de saúde humana, de emergência de resistência a antibióticos e de muito mais. As maiores fontes de poluição são os resíduos da produção animal (ex: excrementos), os antibióticos e as hormonas, químicos dos curtumes, os fertilizantes e pesticidas usados na agricultura para alimentação animal e os sedimentos das pastagens erodidas.

Degradação do Solo: A expansão da produção pecuária é um factor chave na desflorestação, especialmente na América Latina, onde a maioria da desflorestação está a ocorrer – na Amazónia, 70% das terras anteriormente com florestas na Amazónia são agora ocupadas por pastagens, e os campos agrícolas destinados à alimentação animal ocupam uma grande parte do restante.

Biodiversidade: De facto, o sector da pecuária pode bem ser o actor principal na redução de biodiversidade, pois é o responsável principal pela desflorestação, bem como um dos principais responsáveis pela degradação de solos, poluição, alterações climáticas, sobrepesca, sedimentação de áreas costeiras e facilitação de invasões por espécies invasoras.

Para mais informações leia o comun

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