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Alimentação vegetariana e o risco de doenças cardiovasculares

O presente artigo pretende explorar a relação entre a alimentação vegetariana e as doenças cardiovasculares (DCV), através da revisão de evidências científicas. É analisado o impacto que uma alimentação vegetariana pode ter no risco de doenças cardíacas e cerebrovasculares, bem como a sua associação com o perfil lipídico e mortalidade por DCV, sempre dentro do contexto de uma dieta vegetariana equilibrada de forma a garantir o aporte nutricional adequado.
Alimentação vegetariana e o risco de doenças cardiovasculares

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Doença Cardiovascular

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as Doenças Cardiovasculares (DCV) correspondem ao grupo de doenças que incluem as doenças do coração, doenças vasculares do cérebro e doenças dos vasos sanguíneos1. As DCV encontram-se incluídas no grupo das doenças crónicas não transmissíveis, sendo, por isso, consideradas um grave problema de saúde pública responsável por milhões de mortes anualmente2 e um dos principais fatores para o aumento dos anos de vida vividos com incapacidade3. O estudo “Global Burden of Disease – GBD” demonstrou que a prevalência de casos de DCV praticamente duplicou nos últimos anos, passando de 271 milhões em 1990 para 523 milhões em 20193. O número de óbitos por DCV também tem aumentado, tendo chegado aos 18,6 milhões em 20193.

Em Portugal, estatísticas nacionais mais recentes demonstraram que, no ano de 2021, foram registados mais de 125000 óbitos, sendo o acidente vascular cerebral (AVC), a principal causa de morte, seguido pela doença isquémica do coração e pelo enfarte agudo de miocárdio (EAM) 4. Apesar de nas últimas décadas existir uma redução da mortalidade por DCV no nosso país, [1] [CP2] estas continuam a ser a principal causa de morte 5,6, sendo que, em 2020, estiveram na origem de 18% da mortalidade registada. O AVC foi a primeira grande causa de morte, correspondendo a 9,2% dos óbitos 7. Destaca-se ainda a doença isquémica do coração e o EAM, que foram responsáveis por 5,5% e 3,3%, respetivamente, dos óbitos desse ano7. Neste sentido, e segundo as mais recentes estimativas da OMS, as DCV são consideradas a principal causa global de morte 2.

Dieta e saúde

A alimentação desempenha um papel central na sobrevivência e evolução da espécie desde os primórdios da história humana 8. O ser humano, como o conhecemos hoje, foi geneticamente influenciado pelo ambiente onde os seus ancestrais habitaram e pela alimentação que praticavam9. Seguir uma alimentação saudável, ao longo da vida, é, portanto, essencial para atender às necessidades nutricionais da população e reduzir o risco de malnutrição e doenças crónicas não transmissíveis relacionadas com a dieta, como por exemplo as DCV 10. Uma dieta diversificada, equilibrada e saudável pode variar de acordo com diversas características, tais como, fatores individuais (idade, sexo, nível de atividade física), contexto cultural e hábitos alimentares 11. A OMS, defende que a adoção de uma dieta saudável passa por diversos fatores chave, tais como: o equilíbrio entre a ingestão e o gasto calórico; a limitação da ingestão de gorduras totais e a substituição das gorduras saturadas por insaturadas; a exclusão gorduras trans da dieta e a limitação da ingestão de sal e açúcares adicionados 11-14. Em termos nutricionais, é importante relembrar que as necessidades variam consoante o ciclo de vida em que nos encontramos, sendo por isso necessário ter diversos fatores em consideração e não apenas o padrão alimentar seguido por cada indivíduo 15, sendo altamente recomendável que este acompanhamento seja realizado por um nutricionista.

O papel da alimentação na saúde da população tem sido bastante explorado, sendo vários os estudos observacionais que têm demonstrado a existência de uma associação entre o aumento de consumo de alguns alimentos, como os vegetais, a fruta e as leguminosas, e a diminuição da mortalidade por todas as causas6, por exemplo. Em 2019, os riscos dietéticos foram apontados como o quarto maior fator de risco de mortalidade para a população portuguesa, sendo por isso crucial compreender o papel que a alimentação pode desempenhar nestas doenças3.

Preocupações com a saúde, assim como com a sustentabilidade, têm levado a um aumento da procura por dietas plant-based, sendo a dieta vegetariana (VG) umas das mais pretendidas6.

Alimentação Vegetariana

O interesse em adotar uma alimentação VG tem crescido ano após ano, no entanto não se sabe ao certo quantos VG existem no mundo. Em 2016, acreditava-se que a Ásia fosse o continente com maior prevalência (cerca de 19%), sendo a Índia o país onde se verificava uma maior adesão a este tipo de alimentação (estimativas apontavam para que 40% dos indianos fossem VG) 16-18. A Europa, em conjunto com a América do Norte, seriam as regiões do globo com menor percentagem da população a seguir este tipo de alimentação, cerca de 5 a 6%, embora acredite-se que estes valores estejam em crescimento16. Em Portugal, não se sabe ao certo quantos VG existem, mas estatísticas locais indicam que, em 2017, existiriam mais de 120.000 VG, o que representa mais de 1% da população portuguesa 19,20.

Uma alimentação VG é então caracterizada pelo seu elevado consumo de produtos de origem vegetal e pela exclusão total ou parcial de alimentos de origem animal 21-23. O termo dieta VG é normalmente o mais utilizado quando nos estamos a referir a este tipo de alimentação, estando a mesma dividida em subgrupos consoante o nível de restrição a alimentos de origem animal: ovo-vegetariana (apenas inclui ovos), lacto-vegetariana (apenas inclui laticínios), ovo- lacto-vegetariana (inclui ovos, laticínios e mel) e VG estrita (não inclui qualquer produto ou subproduto de origem animal) 23-25. Produtos processados que contenham algum aditivo ou ingrediente de origem animal são também normalmente excluídos de uma dieta VG estrita 15.

Embora não seja consensual, alguns autores descrevem também a dieta flexitariana e a dieta pescetariana, como parte de uma alimentação VG 15-26. Estas duas dietas, caracterizam-se pelo consumo menos restrito de produtos de origem animal, permitindo assim o consumo ocasional (menos de 1 vez por semana e mais de 1 vez por mês) de carne, pescado e ovos (flexitariana) ou apenas de pescado (pescetariana) 15-26. É comum a dieta flexitariana ser também denominada como uma dieta “semivegetariana”, contudo esta não é a única definição para este termo e por isso não existe um consenso sobre a sua utilização 15-26. A maior parte dos autores defende então que, ambas as dietas (flexitariana e pescetariana), não devem ser consideradas como parte de uma alimentação VG 15-26.

O termo veganismo, muitas vezes confundido e utilizado para descrever uma dieta VG estrita, não diz respeito apenas à alimentação dos indivíduos, mas também ao seu estilo de vida 27. Indivíduos veganos, para além de seguirem todos os requisitos alimentares de uma dieta VG estrita, apresentam também preocupações acrescidas com o meio ambiente e com a proteção animal 21-27. Estes indivíduos excluem por isso, do seu dia-a-dia, todos os produtos que possam ter alguma ligação ou origem animal, como por exemplo: peças de vestuário (lã, camurça, seda, couro ou outros tipos de pele animal), acessórios ou peças de adorno (marfim, pérolas, penas ou plumas), produtos testados em animais (higiene e maquilhagem) e condenam qualquer forma de entretenimento que utilize animais (touradas, circos e jardins zoológicos) 15.

São diversos os motivos que podem levar à adoção de um determinado tipo de dieta, no caso das dietas VG, os motivos principais tendem a estar relacionados com a religião, a saúde, o bem estar animal e/ou a sustentabilidade ambiental 28.

Nos últimos anos, tem sido questionada a eficácia de uma dieta VG em suprimir todas as necessidades de um indivíduo, devido à ausência, total ou parcial, de produtos de origem animal nesta alimentação 29. O posicionamento de diversas entidades, como a Academy of Nutrition and Dietetics, é de que as dietas VG, incluindo a vegetariana estrita, quando devidamente planeadas são saudáveis e nutricionalmente adequadas, podendo inclusive trazer diversos benefícios para a saúde 28. No entanto, comparativamente com as dietas que incluem o consumo regular de produtos de origem animal, existem alguns fatores a ter em consideração neste tipo de alimentação de modo a garantir o aporte nutricional adequado 15.

Alimentação Vegetariana e Doenças Cardiovasculares

Nesse sentido, a mais recente evidência científica tem demonstrado que indivíduos que seguem uma dieta VG apresentam um risco reduzido para doença isquémica do coração (29%), e uma ligeira tendência para redução do risco de doenças circulatórias (16%) e doenças cerebrovasculares (12%), quando comparados a indivíduos que seguem uma dieta que inclui o consumo regular de produtos de origem animal 26-30. Por outro lado, estudos de intervenção com dieta Mediterrânica (DM) verificaram uma redução de 30% da probabilidade de AVC, mas não encontraram uma melhoria na redução de mortalidade por DCV 31. No entanto, quando foram analisados os resultados para um padrão alimentar mais plant-based (maior consumo de vegetais versus menor consumo de carne, peixes, ovos ou lacticínios) verificou-se uma redução significativa da taxa de mortalidade nos quartis com maior pontuação VG 32.

O consumo elevado de produtos de origem vegetal, como frutas, vegetais e cereais integrais, está associado a uma diminuição da mortalidade e da incidência de DCV 33-35. Diversos estudos têm relatado que o aumento do consumo de alimentos plant-based diminui o risco de doença coronária, dados que colocaram em discussão o papel da dieta VG nesta doença 36,37. As dietas VG, em especial a VG estrita, têm sido associadas a valores mais baixos de colesterol, havendo estimativas de que estas dietas possam diminuir em até 57% a incidência de cardiopatia isquémica, quando comparadas com dietas com consumo regular de produtos de origem animal (comumente designadas de omnívoras) 36,37. McDougall et al., verificou que após uma intervenção de 7 dias, em doentes cardíacos, com uma dieta VG estrita, os principais marcadores de DCV e diabetes apresentaram melhorias significativas 39. Por outro lado, o consumo de produtos de origem animal, em especial as carnes vermelhas e as carnes processadas, têm sido associados a um aumento das taxas de mortalidade devido ao elevado teor de gordura saturada presente nesses alimentos 36-40. A mais recente “umbrela review”, parece sugerir que os profissionais de saúde devem considerar a recomendação de padrões alimentares vegetarianos para reduzir os fatores de risco cardiometabólico e o risco de incidência e mortalidade por DCV, tendo em consideração que das 21 revisões sistemáticas incluídas. Os padrões alimentares vegetarianos, incluindo os veganos, foram associados a um risco reduzido de incidência de DCV e de mortalidade por DCV em comparação com as dietas não vegetarianas. Os padrões alimentares veganos foram também associados a reduções nos fatores de risco de DCV, incluindo a pressão arterial, colesterol LDL, e índice de massa corporal em comparação com padrões alimentares não vegetarianos.

É, no entanto, de salientar que a etiologia das DCV é multifatorial e os seus fatores de risco interagem entre si, podendo assim agravar este tipo de doenças 41. Por este motivo, alguns autores defendem que o consumo de carne, por si só, não deve ser visto como a causa destas doenças e que a exclusão da mesma da dieta não seja, por si só, uma solução 40-42, visto que o ponto chave para a prevenção de DCV parece ser a qualidade da dieta e a consequente influência na composição corporal.

Artigo da autoria de Cíntia Ferreira Pêgo (RD, MSc, PhD – Diretora da Licenciatura em Ciências da Nutrição da Universidade Lusófona) e Tatiana Fontes (RD, MSc, Professora Assistente da Universidade Lusófona)

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