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União Europeia Vota o Fim das Experiências com Animais de Laboratório

A União Europeia (UE) votou a eliminação progressiva das experiências com animais de laboratório em prol de uma alternativa mais eficaz e sem crueldade. O Parlamento Europeu aprovou uma resolução, na qual apela à Comissão Europeia para que desenvolva um plano de acção definitivo para acabar com os ensaios e testes laboratoriais com e em animais.
União Europeia Vota o Fim das Experiências com Animais de Laboratório

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A União Europeia (UE) votou a eliminação progressiva das experiências com animais de laboratório em prol de uma alternativa mais eficaz e sem crueldade.

No passado dia 15 de Setembro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução, na qual apela à Comissão Europeia para que desenvolva um plano de acção definitivo para acabar com os ensaios e testes laboratoriais com e em animais. Este plano deve identificar, de forma clara, as etapas chave e os objetivos a alcançar, a fim de assegurar e incentivar progressos significativos.

Os membros da rede interpartidária do Parlamento Europeu votaram, por uma maioria esmagadora (667-4), a favor de uma transição dos atuais testes em animais  para alternativas éticas e eficazes.

Num comunicado de imprensa, a ONG de proteção animal Humane Society International (HSI) [Sociedade Humana Internacional] saudou a votação, designando-a como uma “oportunidade histórica” para proteger os quase 10 milhões de animais utilizados todos os anos em experiências invasivas, pelos laboratórios da UE.

A votação não é juridicamente vinculativa, mas exerce pressão política sobre a Comissão Europeia para reagir aos resultados e tomar medidas (No início deste ano, verificou-se um processo semelhante, que incide sobre a proibição da criação cruel de animais em gaiolas na UE, e que a Comissão Europeia se encontra agora a dar seguimento).

UE vota fim das experiencias

Esta votação assinala a necessidade de uma mudança sistémica na abordagem da UE à ciência da segurança e à investigação no domínio da saúde, declarou Troy Seidle, vice-presidente da HSI para a investigação e toxicologia.

72 % dos cidadãos europeus concordam que a UE deve estabelecer objectivos vinculativos e prazos para a eliminação gradual dos ensaios com e em animais. Ao mesmo tempo, 70% dos adultos acreditam que se deve dar prioridade à substituição total de todas as formas de ensaios com e em animais. 66% afirmam que todos os testes e ensaios com e em animais devem terminar imediatamente.

Temos de abandonar a crença infundada de que estes animais são pessoas em miniatura e começar a tomar a sério a compreensão e a previsão da biologia humana no mundo real”, recomendou Seidle.

Uma imagem com texto

Descrição gerada automaticamente

No texto da imagem pode-se ler o seguinte:Quase três quartos dos adultos na Europa acreditam que a #UE deve estabelecer metas para a eliminação progressiva dos testes em animais. Queremos ver a ciência humana relevante e livre de animais, financiada de forma adequada e plenamente utilizada na Europa. Se CONCORDAS, assina AQUI.

Será que a UE precisa de Experimentação Animal? 

Os testes farmacêuticos, em particular, recebem críticas pela sua relativa falta de fiabilidade. Os pequenos animais não são humanos e os testes iniciais “bem-sucedidos” podem conduzir a ensaios clínicos perigosos. Um estudo de 2015, intitulado “Flaws and Human Harms of Animal Experimentation” [Falhas e Danos Humanos da Experimentação Animal], explorou esta questão.

A falta de fiabilidade da experimentação animal, num vasto leque de áreas e domínios científicos, mina os argumentos científicos a favor desta prática”, escreveu o autor do artigo mencionado. “Muitas vezes, a experimentação animal prejudica de forma significativa o ser humano, através de estudos de segurança enganosos, que abandonam o potencial de uma terapêutica eficaz e seguem uma orientação dos recursos, que se afasta de métodos de ensaio mais eficazes”, acrescenta o mesmo autor.

Seidle apresenta uma lista de alternativas modernas mais bem-sucedidas, entre as quais: órgãos humanos em chips, modelos de células estaminais e modelagem computadorizada de próxima geração. Algumas empresas até estão a desenvolver culturas de células de pele humana para os testes sem crueldade, tanto de produtos farmacêuticos, como de cosméticos.

Os testes cosméticos em animais são ainda menos necessários, respeitados e populares do que os produtos farmacêuticos. Recentemente, o México tornou-se o primeiro país do continente americano a proibir completamente os testes cosméticos em animais. Adicionalmente, no início deste ano, o Havai tornou-se o quinto estado norte-americano a implementar essa proibição.

Porém, o Reino Unido poderá estar prestes a voltar aos testes animais, após mais de 100 anos de progresso lento e mais de 20 anos depois da proibição nacional. Esta notícia também surge no meio de protestos que se têm desenvolvido contra uma quinta de criação de cães da raça beagle, situada perto da célebre Huntingdon Life Sciences (uma empresa de investigação farmacêutica). De acordo com os activistas, esta quinta cria todos os anos cerca de 2000, cachorros com o objetivo específico de os vender para experiências com/em animais.

Poderás consultar um outro artigo  aqui, para saberes mais sobre a história dos testes com e em animais no Reino Unido.

Adaptado da página LiveKindly

Traduzido por Ana Luísa Pereira

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